05:00h – Levantei-me
06:15h – Saí de casa. O meu pai acompanhou-me até à paragem
de autocarro.
06:40h – Apanhei o autocarro. Não era especificamente este,
mas como é o primeiro, ainda ganho tempo.
07:15h – Apanhei o comboio na estação de Rio de Mouro.
Sentei-me no lugar do meio de três lugares. À minha frente, no outro conjunto
de três bancos, estava uma senhora que se estava a calçar – umas botas de meio
cano, estilo allstar militar, penteado de bailarina, t-shirt preta e jeans
escuras justas. Muito observadora e pensativa.
Duas paragens mais à frente, entram duas raparigas africanas.
A senhora acaba por ficar sentada no meio das duas. Quando a rapariga do lado
direito se sentou, tirou-lhe logo a pinta. Pela expressão facial, e pelo olhar
apercebi-me de que não gosta de outras raças. A rapariga que se sentou no lado
esquerdo, vinha a ouvir música no telemóvel. A música estava muito alta, ao
ponto de eu ouvir mesmo estado do outro lado.
A senhora olha para ela e diz: “Podes baixar a música se faz
favor?”
A rapariga olha de soslaio com sobrolho franzido, e responde
admirada: “Porquê?”
- “Porque eu não quero ouvir, é falta de educação!” –
responde a senhora.
A rapariga faz aquela expressão de “não me chateies, e
continua a ouvir a música. E ficou por aqui, ficando a senhora aborrecida com
tal gesto.
07:55h – Chego à Gare do Oriente, e fui procurar um WC.
08:35h – Partimos em direção à Ponte Vasco da Gama. Calhou-me
o lugar 20C, que por acaso, é mesmo um dos últimos lugares lá atrás.
Fui no meio de duas raparigas – uma era de nacionalidade
espanhola, e a outra não cheguei a saber. Durante o caminho todo, fui a ouvir
música, e ainda aproveitei para responder a emails, e ver o grupo das viagens
no Facebook – Amantes de Viagens.
Por volta das 10:30h, deu a fome a muita gente. Os cheiros
não eram intensos, mas sentiu-se, e por momentos aquele
autocarro/cozinha/quarto/sala de estar tornou-se acolhedor. A quem ainda não
tinha dado fome, dormia, lia, apreciava a paisagem, ou ouvia música e vivia a
viagem como eu.
Posto isto, digo que uma viagem, por mais pequena ou longa
que seja, pode ser sempre adaptável às nossas rotinas e costumes, e também,
flexível dentro dos limites estabelecidos.
13:00h – Cheguei a Mérida!
Saí da estação, e fui logo fotografar o que havia
próximo – Biblioteca Publica, e Puente Lusitania.
Por volta das 10:30h, deu a fome a muita gente.
ResponderEliminarPOIS...POIS...
mas existe a proibição de comer dentro dos autocarros, não sei como é com esse, mas se o motorista nada disse, tiveram muita sorte mesmo.
Nas minhas viagens de autocarro durmo e quando acordo vou a apreciar a paisagem,
ler ou ouvir música nunca faço!
OK chegada a Mérida!
Veremos as cenas dos próximos episódios
Olá Kalinka!
ResponderEliminarSim aqui deixam porque durante um bom par de horas o autocarro não para em lado nenhum, a não ser as paragens rápidas nos terminais para deixar os passageiros.
Ouvir música, é uma tradição para mim, é a minha banda sonora!