domingo, 21 de fevereiro de 2021

MÉRIDA - 07/09/2019

05:00h – Levantei-me

06:15h – Saí de casa. O meu pai acompanhou-me até à paragem de autocarro.

06:40h – Apanhei o autocarro. Não era especificamente este, mas como é o primeiro, ainda ganho tempo.

07:15h – Apanhei o comboio na estação de Rio de Mouro. Sentei-me no lugar do meio de três lugares. À minha frente, no outro conjunto de três bancos, estava uma senhora que se estava a calçar – umas botas de meio cano, estilo allstar militar, penteado de bailarina, t-shirt preta e jeans escuras justas. Muito observadora e pensativa.

Duas paragens mais à frente, entram duas raparigas africanas. A senhora acaba por ficar sentada no meio das duas. Quando a rapariga do lado direito se sentou, tirou-lhe logo a pinta. Pela expressão facial, e pelo olhar apercebi-me de que não gosta de outras raças. A rapariga que se sentou no lado esquerdo, vinha a ouvir música no telemóvel. A música estava muito alta, ao ponto de eu ouvir mesmo estado do outro lado.

A senhora olha para ela e diz: “Podes baixar a música se faz favor?”

A rapariga olha de soslaio com sobrolho franzido, e responde admirada: “Porquê?”

- “Porque eu não quero ouvir, é falta de educação!” – responde a senhora.

A rapariga faz aquela expressão de “não me chateies, e continua a ouvir a música. E ficou por aqui, ficando a senhora aborrecida com tal gesto.

07:55h – Chego à Gare do Oriente, e fui procurar um WC.


Este era o interior do meu WC


Após tratar das minhas necessidades, subi as escadas mais próximas em direção à paragem 30C. O meu autocarro já lá estava, e os passageiros já estavam a colocar as suas bagagens no porão. Também lá fui colocar a minha, e fui para a fila fazer o check in.



08:35h – Partimos em direção à Ponte Vasco da Gama. Calhou-me o lugar 20C, que por acaso, é mesmo um dos últimos lugares lá atrás.

Fui no meio de duas raparigas – uma era de nacionalidade espanhola, e a outra não cheguei a saber. Durante o caminho todo, fui a ouvir música, e ainda aproveitei para responder a emails, e ver o grupo das viagens no Facebook – Amantes de Viagens.

Por volta das 10:30h, deu a fome a muita gente. Os cheiros não eram intensos, mas sentiu-se, e por momentos aquele autocarro/cozinha/quarto/sala de estar tornou-se acolhedor. A quem ainda não tinha dado fome, dormia, lia, apreciava a paisagem, ou ouvia música e vivia a viagem como eu.

Posto isto, digo que uma viagem, por mais pequena ou longa que seja, pode ser sempre adaptável às nossas rotinas e costumes, e também, flexível dentro dos limites estabelecidos.

13:00h – Cheguei a Mérida! 

FONTE: DREAMSTIME.COM


A estação rodoviária estava deserta. Não havia ninguém. 




Saí da estação, e fui logo fotografar o que havia próximo – Biblioteca Publica, e Puente Lusitania. 



2 comentários:

  1. Por volta das 10:30h, deu a fome a muita gente.
    POIS...POIS...
    mas existe a proibição de comer dentro dos autocarros, não sei como é com esse, mas se o motorista nada disse, tiveram muita sorte mesmo.

    Nas minhas viagens de autocarro durmo e quando acordo vou a apreciar a paisagem,
    ler ou ouvir música nunca faço!

    OK chegada a Mérida!
    Veremos as cenas dos próximos episódios

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  2. Olá Kalinka!
    Sim aqui deixam porque durante um bom par de horas o autocarro não para em lado nenhum, a não ser as paragens rápidas nos terminais para deixar os passageiros.
    Ouvir música, é uma tradição para mim, é a minha banda sonora!

    ResponderEliminar

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