sábado, 27 de fevereiro de 2021

À Descoberta de MÉRIDA

Já eram horas de almoço, estava com fome e fui procurar algo para comer. Comecei a descer a Avenida de Libertad, em direção à zona comercial.

 




No meio do caminho, um casal acaba de estacionar junto ao passeio, e a senhora pergunta como ir para o centro histórico, pois era a sua primeira vez em Mérida, e daí surgiu uma conversa interessante, e uma possível amizade, pois era também a minha primeira vez em Mérida, mas eu já tinha estudado o mapa, e sabia onde ficavam algumas coisas. Fiquei a saber que a Ana e o Javier são de Sevilha, mais precisamente de Triana. Confessei que ainda não conhecia Sevilha, e que é muito provável que irá ser a minha próxima viagem. Ofereceram-se logo para dar dicas, e para nos vermos por lá. Trocámos contatos, e fomos felizes às nossas vidas.

Passado um bocado a caminhar, talvez mais uns 10minutos, lá encontrei a zona comercial – Aldi, Mercadona, Aki, Burger King, etc.

Fui ao Aldi, e só depois fui almoçar ao Burger King (eu sei que é fast food, mas era o único restaurante que ali havia), 


depois de barriga cheia, já estava preparada para enfrentar as belas prateleiras da Mercadona. Comprei tudo o que tinha planeado, e quando saí de lá, já só queria ir para o hostel.

Como já não era muito cedo para fazer o check in, e não havia por perto autocarros, então pedi ajuda a uma funcionária do AKI, que ia a passar, se por acaso sabia o número dos táxis, e foi muito simpática. Deu-me o número, chamei o táxi, e em mais ou menos 5minutos, o táxi chegou, e num instante cheguei ao hostel – paguei só 5€. Só cobrou a viagem e não cobrou a bagagem. Maravilha!


Hostel Senero 

Quando cheguei ao hostel fui recebida pelo Carlos (rececionista), que por acaso também falava português. Fizemos o check in, deu-me a password do wifi, um mapa, e algumas recomendações que tinha pedido. O acesso aos quartos, era pela porta ao lado, onde tinha umas escadas, e aí tinha a porta oficial de acesso aos quartos. Lá me ajudou com a bagagem, carregando a mesma. Ao subir mostrou-me um pouco mais as instalações e o meu quarto – 104.


O meu quarto 


Corredor de acesso aos quartos 





Assim que cheguei, organizei-me, liguei aos meus pais, e só depois lá fui conhecer a cidade – Plaza Constitución, 



Museo Visigodo, Convento de Carmelitas ), Alcazaba, Arco de Trajano, 


Templo de Diana, 


Pórtico do Foro,


Museo Arqueológico, e Teatro Romano – Não entrei nos monumentos pagos, apenas fotografei tudo de fora. O objetivo para não ter pago para visitar monumentos deve-se ao facto de deixar isso, para uma próxima viagem a Mérida, para aprofundar conhecimentos. Pois desta vez, o que interessava era ter uma pequena ideia do que realmente era Mérida. E um dia com mais tempo, investirei nos monumentos pagos e assim.

Pelo meio ainda comprei uns recuerdos numas lojas que estava abertas – um íman, um porta chaves e uns biscoitos numa mercearia típica.


Como ainda queria ir ver outras coisas, e até dava tempo, volto para trás, em direção ao posto de turismo.


Paro em frente a uma loja de enchidos, em que tinha à porta um porco e um burro como estátuas a decorar.


Ao ver qual o melhor ângulo para fazer as fotos da fachada dessa loja, vem à janela um homem (prédio ao lado, e tinha música alta), que começa a olhar para mim, e começa a meter-se a perguntar porque é que eu não lhe tiro uma foto também. Faço aquele olhar de “não te metas comigo, senão não respondo por mim”, e continuei na minha, como se nada se tivesse passado.

Depois deste episódio, passei no porto de turismo, e lá me indicaram o caminho para o Aqueducto de Los Milagros. No caminho até lá, descobri uma loja fantástica que ainda não há em Portugal – TEDI.


A TEDI é um bazar tipo loja dos 300, onde vende um pouco de tudo, a preços bem simpáticos, e onde vende artigos de papelaria, e de manualidades. ADOREI! 



Após estes 2 dedos de conversa, fui até ao Aqueducto de Los Milagros, onde por acaso estava a acontecer um casamento. O tão esperado “sim” já tinha acontecido, o partir do bolo também. Mas ainda deu para apreciar os trajes dos presentes na cerimónia. Estavam todos muito bonitos, e impecáveis. Aqui tentei fazer vários planos do monumento, e consegui algumas fotos interessantes.






A hora do pôr-do-sol, já estava a chegar, por isso vim embora, estava ainda algum calor. Apetecia só água e fruta.

Vim direta para o hostel já cansada, e quando chego como estava bem transpirada, tomei um bom banho e lavei as roupas no lavatório, com o meu detergente líquido comprado na viagem a Badajoz, e ficou tudo bem lavadinho. 


Ah, e escusado será dizer que o meu jantar foi melão e um pouco mais. 


domingo, 21 de fevereiro de 2021

MÉRIDA - 07/09/2019

05:00h – Levantei-me

06:15h – Saí de casa. O meu pai acompanhou-me até à paragem de autocarro.

06:40h – Apanhei o autocarro. Não era especificamente este, mas como é o primeiro, ainda ganho tempo.

07:15h – Apanhei o comboio na estação de Rio de Mouro. Sentei-me no lugar do meio de três lugares. À minha frente, no outro conjunto de três bancos, estava uma senhora que se estava a calçar – umas botas de meio cano, estilo allstar militar, penteado de bailarina, t-shirt preta e jeans escuras justas. Muito observadora e pensativa.

Duas paragens mais à frente, entram duas raparigas africanas. A senhora acaba por ficar sentada no meio das duas. Quando a rapariga do lado direito se sentou, tirou-lhe logo a pinta. Pela expressão facial, e pelo olhar apercebi-me de que não gosta de outras raças. A rapariga que se sentou no lado esquerdo, vinha a ouvir música no telemóvel. A música estava muito alta, ao ponto de eu ouvir mesmo estado do outro lado.

A senhora olha para ela e diz: “Podes baixar a música se faz favor?”

A rapariga olha de soslaio com sobrolho franzido, e responde admirada: “Porquê?”

- “Porque eu não quero ouvir, é falta de educação!” – responde a senhora.

A rapariga faz aquela expressão de “não me chateies, e continua a ouvir a música. E ficou por aqui, ficando a senhora aborrecida com tal gesto.

07:55h – Chego à Gare do Oriente, e fui procurar um WC.


Este era o interior do meu WC


Após tratar das minhas necessidades, subi as escadas mais próximas em direção à paragem 30C. O meu autocarro já lá estava, e os passageiros já estavam a colocar as suas bagagens no porão. Também lá fui colocar a minha, e fui para a fila fazer o check in.



08:35h – Partimos em direção à Ponte Vasco da Gama. Calhou-me o lugar 20C, que por acaso, é mesmo um dos últimos lugares lá atrás.

Fui no meio de duas raparigas – uma era de nacionalidade espanhola, e a outra não cheguei a saber. Durante o caminho todo, fui a ouvir música, e ainda aproveitei para responder a emails, e ver o grupo das viagens no Facebook – Amantes de Viagens.

Por volta das 10:30h, deu a fome a muita gente. Os cheiros não eram intensos, mas sentiu-se, e por momentos aquele autocarro/cozinha/quarto/sala de estar tornou-se acolhedor. A quem ainda não tinha dado fome, dormia, lia, apreciava a paisagem, ou ouvia música e vivia a viagem como eu.

Posto isto, digo que uma viagem, por mais pequena ou longa que seja, pode ser sempre adaptável às nossas rotinas e costumes, e também, flexível dentro dos limites estabelecidos.

13:00h – Cheguei a Mérida! 

FONTE: DREAMSTIME.COM


A estação rodoviária estava deserta. Não havia ninguém. 




Saí da estação, e fui logo fotografar o que havia próximo – Biblioteca Publica, e Puente Lusitania. 



sábado, 13 de fevereiro de 2021

Flixbus Málaga - Lisboa

Às seis e tal da tarde, apanho de novo o autocarro 34, e depois o autocarro 19, para ir à estação buscar a minha bagagem, e ir depois à Mercadona fazer umas comprinhas para levar para Portugal. Mas para não andar carregada, primeiro fui dar uma vista de olhos pelos restaurantes e lojas.


Só depois é que fui fazer as comprinhas com calma, e apreciar as prateleiras do supermercado, como se de um museu se tratasse.

Compras feitas, vou buscar a bagagem, e quando chego à agência, as senhoras queriam saber como tinha passado o dia, e contei-lhes a minha experiência na praia. Ainda ficámos a conversar sobre as praias de Málaga, e aproveitei para falar um pouco do clima atual de Portugal.

Tudo pronto, despeço-me e vou ao C. C. Vialia, mudar de roupa, carregar a bateria do telemóvel no workhub (é como se fosse talvez a sala de espera da CP longo curso), 



e jantar qualquer coisa, com a estação de comboios mesmo nas minhas costas. No meio disto tudo, ainda ligo para os meus pais.

Às 21h, vou para a estação de autocarros, e procuro qual a minha linha – linha 8. O autocarro chegou com um ligeiro atraso de 10minutos.


E quando foi para estacionar fez mal a manobra, pois a porta do porão não abria, teve de recuar um pouco, e voltar a fazer tudo certinho.

Fui das primeiras pessoas a colocar a bagagem no porão. Fui para a fila do check in junto dos motoristas – são sempre 2. Um deles disse logo que me poderia sentar em qualquer lugar, menos nos 5 últimos. Ok, tudo bem. O autocarro já trazia algumas pessoas desde Marbella e Torremolinos.

Mesmo assim consegui um lugar junto à janela. Ali em Málaga o autocarro encheu de tal maneira que uma rapariga teve de vir ao meu lado (afastada do seu namorado), porque os lugares disponíveis já estavam todos reservados. Sim, aqui é tudo controlado e à conta.

Com isto tudo, partimos em direção a Lisboa, já eram 22h. Desta vez fiquei nos primeiros lugares da frente. Logo, ouvia-se as conversas bem animadas dos motoristas. Pronto, hoje dormir vai ser para esquecer. Vai ser uma direta na certa. E eu vou ouvir a minha música, que com a estrada livre, mais a condução do motorista tem tudo a ver.

Por volta das 23.40h estávamos a chegar a Córdoba. O GPS mandou-nos para uma estradinha estreita de um só sentido, e com carros estacionados de um dos lados. Ainda por cima parece que só passam ligeiros. As árvores do lado esquerdo (meu lado), batem nos vidros, e parece que riscam os mesmos.

UPS! Ouvem-se vidros a partirem-se. Acabámos de ter um pequeno acidente.


Fonte: Shutterstock

O espelho retrovisor do meu lado prendeu numa das árvores, e partiu-se todo. Bem, ninguém ficou magoado. Tivemos sorte!

Para conseguirmos chegar à estação de autocarros, percorremos metade da cidade. Quando já estávamos quase a entrar, parámos em frente à estação de comboios, que é do outro lado da rua – o autocarro tinha outro espelho de reserva, para casos destes que possam eventualmente acontecer. O motorista aproveitou para colocar o novo espelho, senão era impossível voltar para Lisboa sem ele.

Quando entrámos em Córdoba, vi que estávamos a dar uma volta estranha, mas pensei: “ok, na ida Lisboa – Málaga o acesso é um, e na volta o acesso é outro.”, por isso não desconfiei muito. Entretanto os motoristas trocaram de lugar – são sempre 2 e conduzem repartido.

Ao fim de algum tempo, lá entramos na estação de autocarros – não saiu ninguém, entrou foi mais 6 pessoas, pelo menos. Após a colocação de malas no porão e respetivo check in…é um dilema com os lugares. Lá veio um dos motoristas fazer a verificação e ver como pode encaixar estas pessoas. Duas ficaram perto de mim, outras quatro ficaram logo, nos primeiros lugares, que pelos vistos estão sempre reservados para estes imprevistos. Depois de tudo sentado, alguém ainda andava ali de pé, e o motorista lá “deu nas orelhas” à pessoa, e disse que não podia arrancar com passageiros ainda de pé. A pessoa em questão entretanto sentou-se. Depois, antes de arrancarmos, o motorista veio contar as pessoas.

Uiui, agora é que vai ser uma festa….

Os motoristas gostam de conversar, os passageiros (neste caso, as passageiras) também, e estão excitados com a viagem. Depois de arrancarmos, fomos abastecer à BP, pois sem gasosa (combustível) não dá com nada.  


 Fonte: Shutterstock

Aqui, aproveitaram para trocar – o motorista N., foi a conduzir. 

Bem…vou fazer um esforço para dormir mais um bocadinho.

24:44h – Dormir hoje nem pensar. Devia de ter tomado alguma coisa para ajudar.

01:38h – Ali à frente vai uma galhofa pegada. Só se fala de comida, vinhos e afins. Isto promete….

03:30h – O N. anuncia que vamos parar 20minutos no self-service La Gran Familia 


para comer, ir ao wc, fumar um cigarro e esticar as pernas. Agora que estava quase a adormecer lá acordo. Está bem. Bora lá esticar as pernas. Aproveitei e fui ao wc. Como o autocarro estava parado, a luz não acendeu, o autoclismo não disparou, nem a torneira funcionou. Apenas umas meras gotas caíram para lavar as mãos. Ok, tranquilo. 

Necessidades em dia, cintos apertados, bora lá andar mais um bocadinho, e vamos ver se durmo qualquer coisa….

05:30h – Estava meio adormecida quando anunciam que estávamos em Évora. Saiu uma pessoa. Ok, já estamos mais perto de Lisboa. Até lá a ver se durmo mais um pouco.

06:00h – Dormir? Nem pensar! Estávamos quase a chegar a Lisboa. Mais logo em casa, reponho o sono.

06:45h – Chegámos à Gare do Oriente! Chegámos inteirinhos e vivinhos. Agora, este autocarro foi para o Porto, que é o destino final.

07.15h – Apanhei o comboio que ia para Sintra.

 


E agora? Qual é o próximo destino?

Mérida, Let’s Go!!

 

sábado, 6 de fevereiro de 2021

Playa El Pedregalejo – MÁLAGA

Também tinha planeado ir dar um passeio no Paseo de España, e assim foi. Só não tirei a foto com o Hans Christian Andresen, mas fica para uma próxima. Como ainda não tinha almoçado, acabei por ali mesmo comer a minha sandes, enquanto me abrigava do calor que se fazia sentir, e observava quem me rodeava.

Quando acabei de almoçar, retomei o passeio, e aproveitei também para fazer algumas fotos.









Entretanto, a água que tinha estava quase a acabar, e comecei a procurar uma fonte para me abastecer, e nada. Vi duas senhoras com um bebé no carrinho, sentadas num banco do jardim, e perguntei se saberiam onde eu poderia encher a minha garrafa. Não sabiam. Mas foram muito simpáticas, e ofereceram da sua água que tinham acabado de comprar uns metros lá atrás numa banca de gelados. Como tinham comprado a pouco tempo, uma garrafa de 1,5L, não se importaram nada de me dispensar alguma água para a minha garrafa. Agradeci o gesto. Foram impecáveis. Como já estava abastecida de água, andei mais um pouco, e ainda fotografei o Banco de España e o Ayuntamiento (Câmara Municipal).



O calor era muito, e como já tinha planeado ir à praia (de preferência experimentar outra), foi o que fiz. Apanhei o autocarro 34, e fui até El Pedregalejo, onde encontrei uma praia fantástica, mesmo à minha medida.


Paredão junto às casas de habitação, bares de praia,


nada de carros, água morna, sem poluição, pouca gente e areia fina sem pedras grossas.


Quando entrei na água, senti-me no paraíso, e não me apetecia vir embora. Imaginei-me ali mais uns dias, naquele ambiente fantástico, na paz dos anjos. Pensei: “Caraças, agora que me vou embora, é que descubro o paraíso!”. Ainda fiquei lá umas três horinhas.


SITE: GettyImages

Chegada a Sevilha

22/02/2020 03:30h – Parámos numa bomba de gasolina algures no Alentejo. 5h – Badajoz 07:30h – Parámos em Monasterio – Área de Serviço ...