BAGBNB – Onde guardar a bagagem em viagem?

Já vos aconteceu, fazer o check out antes das 12h, mas o vosso regresso ser só à noite?

E nesse intervalo de tempo, onde deixam a vossa bagagem? Bem, não há muitas hipóteses. Ou deixam na receção do alojamento, ou carregam convosco, ou então deixam num depósito de bagagem.

No meu último post, sobre Málaga referi o facto de ter deixado as minhas bagagens numa agência de viagens, e é aqui que a BAGBNB entra. Foi nesta viagem que me deparei com esta situação.

Quando estamos a preparar a viagem estamos tão entusiasmados, com a mesma, que há pequenos pormenores como este, que podem ditar ou não o sucesso da viagem.

Depois de ter os bilhetes comprados e o alojamento, é hora de planear o que fazer em cada dia, e de aproveitar ao máximo o tempo.

Reparei que no último dia, o meu check out estava marcado para as 11h/12h, já nem sei bem, e o meu regresso a Lisboa era só às 21:30h. E agora? Pois é. Eu tinha de aproveitar ao máximo o tempo nesse dia, e não podia desperdiça-lo por nada.

Então comecei a procurar soluções na internet, e lá encontrei esta fantástica app: BAGBNB.

Fonte: valcaulin.com

Afinal o que é o BAGBNB? 

O BAGBNB é um site que agrega várias lojas e pontos de recolha de bagagem. Por norma, são sítios que têm espaço para acolher as nossas bagagens, mediante um valor em troca.

Todos os locais presentes no site, são de confiança, porque os mesmos são certificados pelo site. Cada um destes locais, possui avaliações dadas por outros utilizadores, o que traduz confiança, para se optar por esse sítio ou não.

Este site está disponível para imensas cidades, na Europa e não só. Portanto, numa próxima viagem, é uma boa hipótese a considerar.

Como usar? 

Basta escrever no motor de pesquisa “bagbnb”, e logo o primeiro link é este: https://radicalstorage.com/” 

Depois, nesta barra central onde diz “cidade, endereço ou localização”, basta escrever o local para onde vamos, e onde vamos querer guardar a nossa bagagem.

Ao escrever “Málaga” que é o destino para onde vou, selecionei logo a primeira opção “Málaga Espanha”, e com base nessa opção, o site vai logo buscar as opções de lojas disponíveis.

Mas para ser ainda mais preciso, na barra de pesquisa, no canto superior esquerdo, podemos colocar a localização mais apropriada, e com base nisso, logo abaixo temos as opções disponíveis.

E a opção que escolhi, consoante o sitio que me dá mais jeito, é este “Armazenamento de bagagem Maria Zambrano estação”.

Este local, tem uma classificação de 4.37 em 5 estrelas, portanto, até está bem classificado, num total de 41 avaliações.

Ao sábado abre às 9h e fecha às 21h, portanto cabe na perfeição, em termos de horário. Isto é um ponto fundamental, na hora de escolher um local para guardar a nossa bagagem.

Como poderão ver, cada bagagem custa 5€, e no quadro ao lado, fiz uma simulação de datas em que o check in é dia 06/02/2021 às 10h, e o check out no mesmo dia, mas às 20h, e para lá deixar a bagagem o dia todo, só vou pagar 5€. Isto, porque só selecionei 1 bagagem, porque se fosse 2 seria 10€, e assim sucessivamente. Depois para reservar, basta carregar no botão verde, logo em baixo onde diz “Reserve Agora”.

Independentemente dos quilos da bagagem, o preço não varia, ou seja, se for uma mochila, ou um saco, ou até mesmo uma mala das grandes, o valor a pagar vai ser sempre os 5€!

Atenção:

É obrigatório fazer a reserva ou pelo site ou pela app! Mas não é necessária muita antecedência, basta com uns dias de antecedência, ou até mesmo umas horas.

O pagamento é feito com cartão de crédito ou PayPal. Eu como já uso o paypal para outro tipo de aquisições, este é apenas mais um.

Para mais esclarecimentos ou dúvidas que possam surgir, no site, no menu “Perguntas Frequentes”, tem algumas perguntas que possam surgir, com a respetiva resposta.

Para além deste site, julgo que devam existir mais, só que ainda não conheço. 

 

Lagunillas – Bairro de MÁLAGA

Hoje acordei às 8h, arranjei-me, tomei o pequeno-almoço, fiz as malas e deixei tudo arrumado.

Fiz o check out deixando a chave na receção com as meninas, e também deixei o saco do lixo, com os plásticos para reciclar.

Saí, desci a rua e apanhei o autocarro 11 até à Avenida Andalucia – Jardins Picasso, para ir deixar as malas na agência de viagens junto à estação de comboios. Preenchi a ficha de dados, assinei e mostrei, e a senhora passou um recibo. E lá deixei as bagagens entregues. 

A ideia esta manhã era ir ao Museo del Aeropuerto, que por acaso é grátis. Já no terminal rodoviário perguntei a um segurança onde era a paragem para o aeroporto.

Responde: “Línea 30”. Quando lá cheguei tinha acabado de partir um autocarro.

O próximo seria daqui a 10minutos. Esperei. Quando chegou o próximo, fui a primeira a entrar, e passei o cartão, foi recusado. O motorista disse logo que aquele cartão não dava para aquele autocarro. Que exploração! Então pago um cartão com viagens, e não posso ir ao aeroporto? Olha, não fui e apanhei o autocarro 19 para a Plaza de La Marina, e de lá subi até ao Barrio Lagunillas – outro bairro cheio de arte urbana, onde contém muito mais obras que o SOHO.

Quando cheguei, fui ao Mercado Merced – mas estava às moscas, mais abandonado quem uma bomba de gasolina depois da meia-noite. 

Lagunillas era um bairro de má fama, e então para acabar com isso o governo espanhol decidiu dar uma nova cara ao bairro, através de lindos murais coloridos de arte urbana.

Enquanto que no Soho a arte urbana era subsidiada, aqui já não é isso que acontece, pois são os artistas que criam as suas obras de forma totalmente independente, sem regras nem normas.

Jonathan Morillas ou DOGER , é um artista espanhol, nascido em Saragoça, que começou a sua arte em 1995. Pinta sobretudo retratos femininos coloridos, em estilo realista.

Instagram:  https://www.instagram.com/doger_official/

TENIS BORGART ou José Luis Borgerding, é um artista conhecido no mundo artístico como Borgart e no mundo do grafitti como Tennis. Em todas as suas obras há a marca “TENNIS”.

LALONE ou Eduardo Luque , é um artista com uma paixão enorme por desenho e pintura desde muito jovem. Começou a sua arte em 1998, já em 2004 estudou na Escola de Arte de San Telmo em Málaga, Design Gráfico e Ilustração. As suas obras retratam problemas da sociedade, e sentimentos.

Site: http://www.lalone.es/

AINTZANE CRUCETA, é uma artista urbana, e ilustradora, nascida em Motril, na província de Granada – Espanha. As suas pinturas enquadram-se no estilo Pop Surrealismo, inspiradas na fauna e flora.

O seu trabalho pode ser encontrado desde Los Angeles a Barcelona, Nova Iorque, passando por Londres, Amesterdão, etc.

Instagram: https://www.instagram.com/aintzane_cruceta/

Outras obras de outros artistas que desconheço o nome:

Percorri as ruas do bairro a pé, e consegui fotografar quase todas as obras de street art existentes. As que não me diziam nada, tipo rabiscos rascas, não fotografei.

No meio de tanta foto, a carga do telefone estava já nos 25%, e tive de procurar um café/esplanada para beber qualquer coisa, e ao mesmo tempo carregar o telefone.

E assim fiz – Parreira Esplanada El Garden de Los Monos, onde bebi uma cerveja fresquinha, na esplanada à sombra, para fugir um pouco do calor. Quando decidi deixar a esplanada, porque achei que devia ter carga suficiente para mais umas fotos, voltei para trás e fui em direção à Basílica de Santa Vitória, que fica mesmo ali ao pé. 

Como ainda não tinha completo o passeio pelo Bairro de Lagunillas, decidi retomar o mesmo. Quando vagueava por aquelas ruelas e becos, senti sempre alguma insegurança por mais pequena que fosse. Mas tive sempre muito atenta e discreta. Ao mínimo sinal de desconfiança, afastava em outra direção. Mas correu tudo bem. Nunca fui abordada por ninguém.

 

Fontes:

The street art of Málaga through the eyes of Doger (artrootz.com)

https://www.streetartmalaga.com/es/

http://www.lalone.es/

Centro Histórico e Playa Virginia – MÁLAGA

 Depois de almoço, lá fui. Nas traseiras do mercado, está uma loja do chinês que vende também recuerdos. Mas eu entrei com o intuito de comprar um carregador para a máquina fotográfica, e não tinham. Acabei por comprar um avental de Málaga, e um íman. Confesso que nunca tinha ficado indecisa na hora de comprar este tipo de coisas, mas desta vez, foi muito complicado. Apetecia trazer vários ímans. No meio das visitas às lojas com que me ia cruzando, especialmente na Calle Santa Maria – Lojas de recuerdos porta sim, porta sim, fui passando pelos museus, monumentos, igrejas, e palácios, e ia fotografando.

Quando cheguei à Plaza La Merced, lá fui tirar uma foto com o tio Pablo Picasso.

Mas até lá chegar, ainda passei na Plaza da Juderia onde há mais algumas obras de street art.

Depois de fazer as fotos que queria, tanto na Plaza da Juderia, como na Plaza La Merced, passei pelo Anfiteatro, 

e pelo Museo de Málaga.

Também já eram mais do que horas de ir para a praia, e hoje como tinha o cartão das viagens carregado, decidi ir até à última paragem do autocarro 11 – El Palo (Playa Virginia). 

Quando lá cheguei, vi um cenário diferente do habitual – praia sossegada com pouca gente, um calçadão cheio de casinhas e bares de praia, com palmeiras e araras. Tudo isto, e ainda, zero barulho e poluição. Muito boa escolha que fiz. 

Mercado Central de Atarazanas - Málaga

Pelo meio ainda parei em duas papelarias para comprar algumas coisas que vi que eram muito mais baratas do que em Portugal.

No meio de tanta foto e caminhada, a água lá acabou, e lá tive de ir ao supermercado MAS comprar água, e ainda comprei também um copo com fruta fresca do dia (melão e melancia) – que delícia! 

Logo do outro lado da avenida principal, temos o Mercado Central de Atarazanas. No mercado consegui ver tudo, não é um mercado muito grande, mas também não é pequeno,

Adorei este vitral! 

Desde pequena que fui habituada a frequentar mercados, e é algo que gosto muito de fazer em viagem. Adoro sentir os cheiros dos legumes e frutas fresquinhos!

Há várias bancas com petiscos tradicionais, que depois poderão ser degustados na esplanada. 

e tem esplanadas cá fora que pertencem às bancas de petiscos que estão no interior do mercado.

Quando passei pela banca “Happy Fish”, estavam a colocar no balcão paella acabadinha de fazer. Perguntei o preço, e não achei caro – 6€ um prato médio. Então pedi um prato de paella, e para beber uma cerveja fresquinha, tudo foi 7,30€, e foi o meu almoço.

Almocei na esplanada, debaixo do chapéu de sol, apreciando a paisagem.

À minha volta eram só turistas, tirando os empregados do mercado. Os cheiros dos petiscos que me rodeavam, abriram ainda mais o apetite. Debaixo de quase 30ºC, estar ali a comer paella, e a apreciar o que me rodeava foi tão bom….