Mal acordo, lembro-me de ligar de novo aos meus pais. Quem me
atendeu foi uma rececionista das consultas externas do Hospital Universitário.
- Hospital Universitário, Hola! Cual consulta quiéres? –
Pergunta a menina muito apressada.
- Hola, no quiero consulta, yo so quiero hablar com mi madre
e mi padre, en Portugal. – Respondo achando isto tudo muito esquisito.
- Cual consulta? Volta a insistir a menina.
- Disculpame. E desligo o telefone.
Que barraca! Pedi logo desculpa, claro. Aí fez-se luz na
minha cabeça. Para que é que serve o indicativo?? Para alguma coisa não é? O
segredo estava no indiciativo. Aquele número sem o indiciativo, aqui pertence
às consultas externas do hospital, e em Portugal pertence ao meu pai. Depois lá
escrevei +351 e o número. E aí finalmente já consegui falar com a minha querida
mãezinha. Estava do outro lado toda chorosa, super preocupada e a imaginar mil
e um filmes de terror. E eu, sensível como sou, emocionei-me também, sem passar
isso para o outro lado.
Saí do hostel, era quase meio-dia (como o tempo
passa). Por incrível que pareça guiei-me sempre pela hora de Portugal. Ainda
não me habituei. Decidida a explorar outras partes da cidade, lá fui conhecer o
grande El Corte Inglés.
Só vi
o piso 0 e -1 (acessórios, perfumes, cosmética, livraria e supermercado). Tudo
o resto fica nos outros andares, e como tinha mais planos para o dia de hoje,
fiquei por ali. Fui até à Plaza de La Libertad, e descobri o Museo do Carnaval
– Visito amanhã.
Apanhei
o autocarro 18, (paguei 1,20€)
e lá fui eu até ao Centro Comercial Conquistadores, que fica quase na entrada da cidade.
Para
mim, o atrativo deste shopping, foi o El Chino – uma loja do chinês grande, que
tem de tudo um pouco, onde acabei por comprar uma venda para os olhos, para
usar numa próxima viagem, e também comprei um avental super giro com motivos
gastronómicos da cozinha espanhola. Passei a loja a “pente fino”, e trouxe
estes dois artigos. A
outra loja de que gostei muito, é uma loja de guloseimas – Sanchez Cortez – que
eu não resisti a visitar e a comprar umas gomas em forma de dedo da mão, pois
são bem deliciosas.
Julgando
que o Centro Comercial El Faro era já ali mais à frente, fui a pé, e andei
talvez uns 3kms. Mas pelo caminho, ainda passei pela Universidade, pelo
Hospital Universitário,
pela
antiga fábrica da Coca-Cola,
que entretanto fechou e neste momento, está abandonada, mas
em venda através de uma agência imobiliária. Também, ainda fui a Decathlon, não
só para fugir do calor que se fazia sentir, como também para ver as vistas.
Como já passava um bocadinho da hora de almoço, e o estômago já se queixava,
comi a minha sandes à beira da estrada, debaixo da sombra de uma árvore, com
vista para um grande campo agrícola de trigo ou aveia. Estômago reconfortado,
lá vou eu continuar a caminhada até ao El Faro.
Depois lá escrevei +351 e o número. E aí finalmente já consegui falar com a minha querida mãezinha.
ResponderEliminarVÊS O QUE SE APRENDE precisamente andando sozinha?
Saímos sempre a aprender algo nas viagens que fazemos e acredito que nunca mais te vais esquecer do indicativo.
Isso sim, é a experiência da vida!
Saí do hostel, era quase meio-dia (como o tempo passa).
POIS... tbm me acontece isso, mas depois aproveito o resto do dia pela tarde e noite dentro e só regresso ao hotel já de noite, tenho assim a possibilidade de fazer algumas fotos nocturnas.
Tudo muito bem aproveitado.
Por incrível que pareça guiei-me sempre pela hora de Portugal. MAS... aconselho-te a começar a regular pela hora do sitio onde estás, daqui em diante. Podes perder vôos,comboios ou autocarros.
Há o El Corte Inglés, em Badajoz?
Fiquei a saber agora.
Olá Kalinka!
ResponderEliminarAi, mesmo a sério! O que se aprende mesmo. Foi preciso este momento de aflição, para entender de uma vez por todas o verdadeiro significado do indicativo telefónico. É verdade, em cada viagem aprende-se sempre algo de novo, e isso é extraordinário. Foi uma ótima experiência, estava mesmo a precisar disto.
Pois é, fotos noturnas ainda não cheguei a fazer, como andava muito durante o dia, à noite quando chegava ao hostel, só queria tomar um bom banho, e dormir. Mas espero nas próximas viagens, fazer belas fotos noturnas, e poder partilhá-las convosco.
Em relação às horas, fi o chamado “choque inicial”, mas com o tempo lá me fui habituando. E sim, sei que no futuro em outros países em que se nota que a diferença horária é bastante, posso sair prejudicada e perder transportes, mas nessa altura já espero estar bem preparada para que isso não aconteça.
Sim, em Badajoz há o El Corte Inglés, e muito mais coisas. As pessoas (no geral), é que acham que Badajoz só serve para abastecer o carro de combustível, e comprar caramelos, mas não é bem assim.
Fico muito contente para partilhar coisas novas, que muitos desconhecem. Obrigada!
Um interessantíssimo diário, pormenorizado, bem descrito e bem escrito. Ainda por cima bem ilustrado. Quem sabe se o princípio de um livro de viagens... Parabéns e boa continuação.
ResponderEliminarOlá José Alex Gandum!
EliminarMuito Obrigada pelo feedback!!
Patricia, excelente trabalho, bem documentado. Há muito que não vou por ali e tenho vontade de voltar.
ResponderEliminarSaudações
Olá Duarte! Quem sabe se estes meus artigos não o inspiram a regressar de novo. Muito Obrigada pelo feedback!!
Eliminar